quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Seria o budismo uma religião de elite?



Budismo religião da elite – e foi assim que os ensinamentos de Siddharta Gautama chegaram em muitas regiões, pois meditar e estudar ainda é privilégio de alguns mas não de todos.
Nas  massas de humanos ainda tem aqueles que carecem de  higiene, de base, de falta de tudo. Ainda tem seres experienciando a total falta.  Estes dias, me perguntaram se vale a pena estar vivo tendo em vista a descarada má ação do governo de nosso pais e dos “nossos representantes” e do fato da própria população estar solta sem norte, achando errado o certo e certo o errado. Isso não é diferente de outras épocas em outros lugares e cada lugar tem seu tempo de evoluir, na cidade onde moro, que é ao lado de uma metrópole atrasada, as pessoas achavam que um meio de transporte ligando as duas cidades de forma ágil iria gerar só mais transporte e ainda, que não iria funcionar. Resultado: 4000 visitantes por final de semana...e o que se tem a oferecer é nada diferente do que sempre teve. Porque falta consciência.
 Nossa nação ainda raciocina no ganho do hoje e para si, e nem lembra dos próprios filhos. Saindo daqui, um doido no comando, mata um monte de gente com armas químicas e voltando para cá, pessoas somem por homicídio todos os dias por todo país, ninguém sabe e ninguém viu, mas ao invés de nos desesperar,  devemos perguntar porque nós estamos aqui e agora. Muitos detestam estar na Terra, sentem falta “de casa”. Então porque vieram? Simples, ajudar, ou vir para um local condicente com seu próprio grau evolutivo, que talvez fosse incompatível com a “casa” de onde veio. Ou ao contrário, evoluiu muito e só  esta aqui como adaptabilidade para depois ir para um local onde seja uma passo a frente do que se está, mas o fato é que estamos aqui porque é aqui que devemos atuar. E neste contexto cada religião, ou grupo de estudos e caridade, mesmo não religioso, faz sua parte. Aqui no Brasil vai ser difícil o budismo se espalhar  entre a população carente salvo se muito trabalho de caridade for feito. Já temos o Cristo que sofreu, e isso é bem mais próximo da realidade de muitos do que um príncipe que abdicou de seus bens, o que pra muitos é uma total loucura. Mas se mostrarmos o budismo caridade, que é um espiritismo mais antigo, e o é de fato. Não um budismo de adoração a Buda, pois pouco importa o nome de quem adoramos, mas os arquétipos e preceitos que absorvemos, adaptado a nossa realidade, aprendendo, por exemplo, como viver, evoluir,  mudar cada coisa a partir do dentro, a partir de nós e com o altruísmo de ser para o mundo, pois afinal, todas as coisas estão ligadas. Uma crise no Oriente Médio aumenta o valor do tomate no Brasil.
Os ensinamentos do Sr. Buda são como de muitos Mestres, para todos. Compaixão, mudar a si mesmo, e como fazer isso (importante: o budismo nos ensina como fazer a mudança interna), como viver com alegria e construir algo bom mesmo na total miséria como vemos povos da Himalaya ou em regiões como o Butão. Compreender que podemos consumir, que é a realidade mercadológica do momento, mas sem ter necessidade emocional disso e para tanto não precisamos espancar as crianças, fazer uma grande maracutaia para roubar para si quando toda população paga pelo problema, matar por matar e destruir a natureza porque simplesmente não temos nenhuma noção do que esta sente e de sua importância por mais que determinados segmentos da mídia mostrem. Curar a dor interna, a loucura social interna, estes são ensinamentos do budismo que valem ser aprendidos. Mas sem radicalismos, pois não vivemos na época e nem no pais de Siddharta, como não vivemos na época e nem no país de Cristo, podemos e devemos amar uns ao outros como a nós mesmos, podemos e devemos começar por limpar o ego da mente, mas compreender que discriminar gays, negros, mulheres como se fossem algo diferente do que nós mesmos, gente, por exemplo, achar que Deus vai nos amar mais ou menos porque não cortamos os cabelos, ou porque fui para cama com o marido orando para não ter desejo por ele, é como largar até agua encanada, pois na época de Cristo e Buda isso era privilégio de alguns gregos e romanos apenas. A luz está dentro de nós e vamos busca-la. Esta luz traz uma felicidade incomensurável e esta trasborda para tudo e todos. Quanto tempo vai levar???  MIlênios???? Talvez, mas nós vamos e voltamos e se não somos nós serão outros, então comecemos a fazer a manutenção e a atualização de um jardim plantado em milênios de humanidade para sentirmos o aroma das flores e para no futuro não ficarmos sem elas.
A Lótus vem propor praticas, ações e ensinamentos simples, para uma vida simples, pois dentro da correria atual, se complicar ninguém faz e pouquíssimos tem dinheiro para ir ao Nepal meditar, as vezes sequer ir ao centro de praticas budistas, pois não compreende aquele monte de divindades e comportamentos vindos de outras culturas. Nunca vou dizer que o Lótus é a verdade máxima ou o único caminho, pois isso seria puro reflexo do ego e peço que no futuro, nem que seja distante nenhuma pessoa que ensina o Lótus diga tal coisa. São muitas as formas de se chegar a luz, são muitos os caminhos de se comungar com o Buda essencial, ou com o Cristo ou diretamente com Deus, o Lótus é apenas uma deles, simples e amoroso que veio para ajudar. Quem decidir praticar que seja com amor a si e por amor ao todo e este amor transbordará  elevando e qualificando a vibrátil planetária (cósmica até), mesmo para os não praticantes mas que são também nossa família, parte do nosso ser, como somos parte da Terra.

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